
Umas das unidades de ensino que está sem material é o CCM Antônio Belarmino FilhoA falta de papel A4, toner e manutenção de impressoras tem comprometido as atividades pedagógicas e administrativas nas escolas vinculadas à Superintendência Regional de Educação (SRE) de Pedro Afonso, no centro-norte do Tocantins. A situação motivou o envio de um ofício à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) solicitando providências urgentes.
O documento, datado de 28 de
outubro e assinado por 11 diretores de unidades da regional, foi encaminhado
nesta quinta-feira, 30, ao secretário estadual da Educação, Hércules Jackson
Moreira Santos. Nele, os gestores relatam que desde setembro as escolas não
recebem material de expediente nem suporte técnico, o que tem afetado
diretamente o andamento das aulas e os trabalhos administrativos.
“As escolas se encontram em um
cenário crítico de falta de insumos básicos, o que prejudica o trabalho docente
e o desenvolvimento das atividades pedagógicas, especialmente em um ano de
extrema importância para a educação tocantinense, em razão da aplicação do SAEB
[Sistema de Avaliação da Educação Básica]”, diz trecho do documento.
A Regional de Pedro Afonso
atende 12 escolas regulares, uma APAE e 30 escolas indígenas. Além das
atividades de ensino, as unidades relatam que também estão prejudicadas tarefas
administrativas, como emissão de históricos escolares, declarações, ofícios e
prestações de contas.
Professores
buscam alternativas
Diante da escassez de
materiais, professores têm buscado formas alternativas de avaliação. Uma
docente do Colégio Cívico-Militar Professora Antônio Belarmino Filho, em Pedro
Afonso, confirmou à reportagem que as provas impressas ainda não estão sendo
aplicadas por causa da falta de papel, mas afirmou que outras atividades estão
garantindo a continuidade do aprendizado.
“Por enquanto, não está tendo
[prova escrita] devido a essa questão, mas em breve acreditamos que normalize.
Até lá, estamos avaliando com seminários, atividades no caderno e apresentações
de trabalhos. Tudo tem peso, né? Participação, empenho do aluno”, explicou a
professora.
Cargo
vago na superintendência
Outro problema apontado por
servidores da rede é a vacância na chefia da Superintendência Regional de
Educação de Pedro Afonso. Desde a saída da então superintendente Andreia
Vasconcelos, há cerca de dez dias, o cargo permanece sem titular. Segundo
informações apuradas, a ausência de um responsável tem atrasado a tramitação de
documentos e procedimentos internos que dependem de assinatura da direção.
Questionamentos
à Seduc
Em resposta ao Portal CNN, a Secretaria de Estado da Educação informou que tem conhecimento do relato sobre a falta de insumos e que está em fase final de contratação do fornecedor responsável pelo fornecimento de papel, toner e demais materiais. Segundo a pasta, a entrega será regularizada “em breve”.
A Seduc afirmou ainda que
trabalha no planejamento de novas aquisições e contratações “com o objetivo de
otimizar o uso dos recursos públicos, adotando alternativas que assegurem maior
eficiência e economia, em conformidade com as medidas de contenção de
despesas”.
Sobre a vacância no comando da
Regional, a Secretaria disse que avalia “perfis técnicos para ocupar a função,
de modo a garantir a continuidade das ações e a representatividade da
regional”. Ainda segundo a nota, o período de transição “não tem impactado na
qualidade do trabalho nem no andamento das atividades pedagógicas,
administrativas e de suporte às unidades escolares”. (Com colaboração de Fred Alves)
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